quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Os Responsáveis pela sua Felicidade


Os Responsáveis pela sua Felicidade

Rumo à minha casa, escutando mp3 para "chegar mais rápido", ouço uma bela canção de R. Kelly e Celine Dion a qual nunca tinha prestado atenção, que tem um trecho muito interessante, assim: "You have everything, but you´re still lonely". Traduzindo, "Você tem tudo, mas ainda se sente/está sozinho".

Nunca conheci tantas pessoas que se enquadram nestes dizeres, tanto no âmbito da amizade, quanto da parceria, quanto do amor. O ser humano peca ao utilizar o hábito de materializar a felicidade, enquanto o material é somente a realização de um desejo temporário.

As pessoas têm confundido felicidade com os meio de felicidade. Precisam de um carro melhor para então serem felizes, precisam que o namorado(a) esteja feliz, ou que o amante esteja, precisam que o país tenha um andamento melhor, precisam de uma casa e roupas melhores. Mas quantas vezes essas pessoas, depois de adquirirem esse "presente", ainda assim sentem-se insatisfeitas e incompletas? Logo, a procura da felicidade, não segue o caminho do materialismo. Ele pode sim, ser um marco para a nossa incansável busca pela "Felicidade", mas esta tem que fluir de dentro para fora, e não de fora para dentro.

Não devemos depositar nossa felicidade nem em coisas, nem em pessoas. É uma responsabilidade muito grande a qual estas coisas e estas pessoas, além de não terem que lidar com esta obrigação, não saberão guiá-la melhor do que você.

O coração e a mente são como um sininho de alerta. Quando você está triste, agindo incorretamente de acordo com seus valores, mentindo, machucando, indo contra a sua essência, você sente o barulho desconfortável do sininho, isso é um aviso de que as coisas não estão fluindo, e você continuará perdido, e continuará sentindo-se sozinho. Já quando você faz o que gosta, vive uma vida de prazeres, com sentido, sorrindo, buscando a sua felicidade e ouvindo a doce sirene de alerta, mostrando que sua essência está fluindo na mais embalada sintonia com o Universo, isso sim é felicidade, de dentro para fora. Quando estamos felizes, ficamos cada vez mais perto de nós mesmos, e então assim, não nos sentimos mais sozinhos.

Portanto, o segredo para a frase que R. Kelly e Celine Dion harmonicamente cantavam na música "I´m You´re Angel" é: cuide de si mesmo! Tem uma pessoa somente na sua vida que nunca, mas nunca mesmo, irá lhe deixar sozinho,
"Você"! Essa pessoa sempre é a primeira que você recorre quando lhe acontece algo, isso, você! Isso não tem nada a ver com egoísmo, au contraire, quando estamos de bem conosco, estamos de bem com tudo e com todos ao nosso redor! As maravilhas que nossa existência pode nos oferecer são dádivas à serem experimentadas e divididas não somente com os outros, mas com nós mesmos, isso não é somente auto-conhecimento, mas amor-próprio!

Deseje sim, um carro bonito, uma casa aconchegante, a viagem naquele lugar tão incrível, mas não deposite sua felicidade nisto, pois nossa felicidade deve apoiar-se no maior, melhor e mais lindo presente que nós todos já possuímos... a Vida!

Nitch


Como anda a sua auto-estima?



Como anda a sua auto-estima?

Uma boa auto-estima é fundamental para conquistar e manter uma relação amorosa. Só quem se ama pode dar e receber amor.

Não adianta: a pessoa pode ser linda, ter um bom emprego, morar num apartamento maravilhoso, dirigir um carrão. Também pode ter um papo ótimo, ser agradável, gentil e sensual. Mas, se apesar de tantas qualidades não tiver uma boa auto-estima, dificilmente conseguirá conquistar alguém ou, o que é mais complicado, manter a conquista.

"A auto-estima é a mola propulsora de uma série de outros sentimentos fundamentais", diz a psicóloga Vilma Ferreira. "Quando a pessoa se sente segura em relação a si mesma e se gosta, torna-se carismática. Além disso, não desenvolve sentimentos negativos de auto-depreciação, como possessividade, medo de perder e ciúme".

A auto-estima elevada também nos impede de embarcar em relacionamentos complicados, doentios ou equivocados, porque a intuição vai funcionar como um alarme. Mesmo que alguém esteja sozinho e queira muito encontrar alguém para amar, ela é capaz de recuar diante de um parceiro interessante, mas que represente um risco ao seu bem-estar.


Você tem uma boa auto-estima quando...

... Gosta de si mesmo, por isso se valoriza.

... Não se deixa maltratar nem aceita menos do que sabe que merece. Mas também não é arrogante nem tem mania de grandeza.

... É seletivo e não se envolve com qualquer pessoa. Sabe escolher bons amigos e bons parceiros. Não se liga a alguém por carência afetiva ou sexual.

... Tem auto-confiança e sabe expressar suas crenças e pontos-de-vista. Por isso, não sai por aí concordando com o que os outros dizem para obter aceitação e aprovação.

... Não permite que uma atitude ou palavras que alguém diz para você o deixem arrasado. Respeita a opinião alheia, mas sabe o que quer.

... Tem auto-respeito e sabe se colocar. Não admite ser destratado, nem compactua com comportamentos que vão contra os seus valores. Por saber se respeitar, respeita a todos, sem julgamentos. Sabe que cada um vive no seu patamar de consciência e assume a responsabilidade por si mesmo.

... É alto astral, alegre e otimista. Acredita no futuro e em si mesmo. Não perde tempo com desânimo, nem aluga os outros com reclamações

... Não alimenta sentimentos negativos como ciúme, possessividade, insegurança. Sabe que você pode manter-se positivo, mesmo diante de algo negativo.

... Recusa-se a tornar-se refém do próprio passado, por mais difícil e doloroso que ele tenha sido. Sabe que a vida acontece aqui e agora e que não é por acaso que o presente se chama “presente”.


A Baixa Auto Estima Como Causa Da Infelicidade

Muitas pessoas se queixam de que são infelizes no amor, que só “entram em roubada” e que, mesmo fazendo tudo para que seus relacionamento dêem certo, a desilusão sempre acontece.

Não são poucos os que até começam a duvidar da possibilidade de ser feliz ao lado de alguém. De que é possível ser feliz ao lado de alguém. Se a desconfiança no amor começar a envenenar o coração, é sinal de que a auto-estima está abalada. É só o começo de uma longa lista de problemas a caminho. Desconfiar da sua capacidade de atrair e oferecer amor, faz com que a pessoa só piore a situação.

"A auto-confiança é o pilar da afetividade: sem auto-estima e amor por si mesmo, o ser humano não consegue relacionar-se de forma satisfatória e enxergar-se de forma positiva. Torna-se inseguro e descrente quanto ao seu desempenho como homem ou como mulher. Uma das conseqüências é o sentimento de menos valia que impede a conquista amorosa e sua manutenção”, afirma a psicóloga Lilian Martins.

A descrença em si mesmo acaba se refletindo no relacionamento, que torna-se palco para demonstrações de carência, egoísmo e insatisfação. O medo de amar vem à tona e vai minando as chances de felicidade. Geralmente, as pessoas preferem estragar tudo logo começo O que só vai reafirmar sua crença de que “jamais darão certo no amor”, criando o que chamamos de profecia auto-realizável. É imprescindível gostar de si mesmo para correr o risco de se envolver com alguém, sem medo de vir a sofrer.

Essa é uma das explicações porque pessoas com baixa auto-estima, quando encontram um parceiro, defendem-se de uma possível dor acabando logo com a relação.

Jael Coaracy


terça-feira, 18 de agosto de 2009

A Dor Da Indecisão


A Dor Da Indecisão

As indecisões são um dos piores inimigos do ser humano. Enquanto pensamos nelas, estamos a deixar de agir. E mais vale agir e arrepender da acção, do que a frustração de nunca ter agido. Quando sentimos medo e dor - temos sempre a opção de ter atitudes de retaliação ou de separação. A vontade de destruir a fonte de nosso medo e dor compete com a possibilidade de entender as causas, de fazer algo para o fato não se repetir.

- Nas vidas separadas; nos gestos esquecidos; nas pétalas guardadas; nas cenas vividas; na ânsia; nas viagens; no pecado - o poder dos limites; a diversidade de formas e as diferenças individuais nas mais variadas espécies, tudo sempre acompanhada da depressão cumprindo sua função. Economizando energia que gastamos rindo, sonhando… tentando esquecer um dia que considerávamos inesquecível; dispensando um dia indispensável e substituindo um dia insubstituível.

A cada hora, às vezes vemos, às vezes inventamos, às vezes apenas finjimos mas sempre, obrigando a nós mesmos a decidir fazer de vez ou desistir.

Somos forçados todos os dias por ânimo das circunstancias a decidir. Logo ao acordarmos decidimos com que roupa vamos sair, o que vamos comer de café da manhã, se vamos dar bom dia a todos ou se vamos ficar calados o percurso inteiro. Decidir. Só o som dessa palavra aterroriza muita gente, se há a indecisão é por que temos dúvidas, esta dúvida que nos consome, e medo de tomar a decisao errada? ou medo de nossas próprias fraquezas, o subconsciente avisando, olha você pode fracassar????

O fantasma da indecisão nos acompanha todos os dias, ele é o fantasma que conhece nossos gostos, nossos desejos, nossos sonhos, nossas esperanças e principalmente nossas certezas. Toda obra é fruto também de uma indecisão, qual material usar, em qual quantidade? Devo usar muito ou pouco? Qual a resistência? Todas essas são perguntas que o feitor se faz quando quer construir.

O problema ao decidir é que não existe um vencedor, é que nunca se ganha de fato quando se escolhe, escolher é "perder" sempre, é deixar de lado algo que possui inúmeras qualidades, por outro que você tenha esperança que tenha além das qualidades que o outro possuia, o novo tem bem mais ainda. Escolher é um ato de coragem.

O Ato de decidir te possibilita explorar e conhecer novas fronteiras, novos horizontes e, como você optou, vai poder agora se dedicar a construir e desenvolver um novo começo, o que convenhamos, é extremamente excitante! Ocorre que o momento de indecisão é complicado, você acha que é feliz demais com o que tem, no entanto outra coisa te perturba a mente, te faz questionar se a sua coisa primeira era tão boa assim como você pensava que fosse, e por incrível que pareça, essa coisa parece sentir que está sendo ameaçada, e de repente, começa a funcionar melhor. Começa a te dar alegrias... que na maioria das vezes são passageiras.

O Indeciso é sempre uma pessoa que sofre, sofre sempre entre o dever e o ser, não sabe se deve, não sabe se pode, se pode não deve, e muitas vezes quando bate a vontade DEVE! Mas não pode... é uma batalha.

Transportando isso para o terreno amoroso é um campo minado, ser indeciso é uma complicação ainda maior. Caso ou não caso? Separo ou não separo? Será que fiz bem vindo morar aqui com ele ou devia ter ficado lá na minha cidade? Compro ou não compro? Tolero ou não tolero? Por que será que eu não consigo largar tudo e fazer o que meu coração pede? Demito ou não demito? Processo ou não processo? Me entrego e enfrento, ou continuo a levar a minha vida normal? Mas é tão chata essa minha vida...

A indecisão é um mal hábito, você deseja e não deseja ao mesmo tempo... chega a pedir pra não querer o novo... enquanto você tenta se convencer de que aquilo que você já tem é mais completo, mais bonito e vai te fazer feliz... voce se esquece que de outra forma pode ser melhor, ou pelo menos diferente.

Decidir é como quem abre cartas em um baralho, escolhe-se uma e descarta-se o resto. É de bom tom assumir responsabilidade por suas escolhas, porém não é de bom tom permanecer por zelo, medo, ou outra coisa, no erro. Decidir significa caminhar por um caminho novo, que divide a pessoa por um tempo, mas que no futuro valerá a pena.

A indecisão é irmã gêmea do medo. Freud errou, não é o sexo que está no centro da vida psicológica e sim o MEDO. O medo petrifica, desestimula, desestabiliza, cansa antes da hora... e te faz optar pelo mais simples, mais fácil...pela covardia da acomodação... quando na verdade o que aparentemente seria mais complicado seria a decisão mais acertada e que fatalmente te faria feliz....mais ainda.

Muitos são os caminhos, qual seguir? eu escolho a porta estreita, que leva a varios obstaculos, onde um longo inverno se instala, mas com a certeza de que um dia chega a primavera, com as cores e o perfume das flores, e seu abraço terno me esperando, e o Sol então ira nos aquecer, e iluminar nosso caminho, pois a esta altura seguiremos juntos, rumo ao infinito...e nossos medos terão ficado para traz.

Desconheço a Autoria


domingo, 16 de agosto de 2009

A Mágoa...


A Mágoa...

"Guardar mágoa é como tomar veneno e esperar que outra pessoa morra."

Mágoa é um tema mais profundo do que pode parecer e de difícil abordagem e tratamento. Mágoa tem no dicionário mais de um sentido, mas o mais popular fala sobre um sentimento ou impressão desagradável causada por ofensa ou descontentamento. Ofensa e descontentamento são situações às quais entendemos como perigo e reagimos a isso, e as reações ao perigo de imediato são atacar ou fugir.

Aprofundando o tema dentro destas duas reações ao perigo, começo falando sobre o ataque (Agressão, destruição). Muitas pessoas, consciente ou inconscientemente, acreditam que punem os outros recusando-se a perdoá-los. Seus atos poderiam ser assim traduzidos: "Se eu não o perdoar, você sofre!" Porém como a frase acima no cabeçalho aponta, apesar da intenção ser a de ataque ao outro, quem sofre com a mágoa é quem a sente.

Experimente na próxima vez que você sentir mágoa por alguém fechar os olhos e reparar nos sentimentos e sensações que tomam o seu corpo. Não dá para dizer que felicidade seja a tônica deste momento, muito pelo contrário, o desprazer é intenso e ainda assim não se resolve a questão da mágoa com o outro. Ficamos neste estado re-sentindo a dor, por isso o termo ressentimento.

A segunda reação possível que a mágoa promove, por esta representar um perigo, é a fuga (Negação, distorção). Não adianta espernear, brigar, chorar, mal dizer... Se tem uma coisa que nunca mudará realmente, é que tudo mudará! A mágoa é uma tentativa desesperada de evitar que tenhamos que nos adaptar a uma nova situação. Somos normalmente demasiadamente apegados ao que nos traz felicidade.

Quando alguém nos ofende ou estamos descontentes, para reaver o estado de felicidade anterior, somos obrigados a re-ver nossos valores, re-ver o mundo de outra forma, ou seja, ver de novo, de forma nova, afinal, o mundo mudou e da maneira como vínhamos vivendo não chegamos a um bom termo. Neste ponto, o que sabemos e gostamos tanto de tentar sustentar, seja sobre nós mesmos ou sobre nossa visão de mundo, só nos servirá para fazer as perguntas corretas na nova situação e não para resolver o que o novo momento exige.

A mágoa na função de fuga tenta jogar para fora de nós esta responsabilidade de conquista da felicidade, culpamos os outros, o azar, Deus e o mundo e fugimos de nossa responsabilidade de criadores do nosso mundo e viramos criaturas sujeitas à sorte e ao manuseio alheio.

Existe um trajeto padrão na formação da mágoa. Ela surge de uma perda, seja esta qual for. Pode ser a perda da estima de alguém, pode ser a perda do emprego, da saúde... Geralmente temos sinais antes do "grande choque". A solicitação do(a) companheiro(a) por mais presença, a cara amarrada do chefe, as dores no peito... Mas quando não aprendemos a ler os sinais da mudança que se anuncia em geral surgem os choques, as rupturas, as quebras, as dores da alma que precisa aprender algo, afinal o que sabíamos e como lidamos não foi o suficiente.

Depois dos sinais, e quando a perda já se instalou e recebemos o grande choque, não há uma seqüência padrão, mas ficamos em meio a negações, alívio momentâneo por sairmos de situações de intensa pressão, medo, raiva e depressão. Negamos que tenha terminado o namoro e continuamos ligando, ou esperando o telefone tocar. Temos alívio, pois ninguém merece aquele chefe ou mulher. Ficamos medrosos em relação ao futuro, pois não sabemos se possuímos a capacidade de dar soluções à esta nova situação. Ficamos com raiva porque não enxergaram a pessoa maravilhosa que somos, mal dizemos e brigamos com o mundo. Como nossa energia está vinculada ao passado, na negação, ao medo e à raiva, perdemos fôlego e nos sentimos fracos, deprimidos.

Com o passar do tempo e com a alma funcionando como uma peneira, experimentando estes estados aflitivos e separando os sentimentos grossos, densos e pesados, aí então podemos voltar nossa atenção para o que passou por ela, podemos focar em outros aspectos nossos, na sutileza de quem somos. E com esta matéria prima sim se pode ter entendimentos da nova situação e se fazer um novo projeto de vida mais adaptado ao momento, e que como terá significado real, baseado em quem somos, terá força e vitalidade para prosperar.

A boa notícia então sobre a mágoa é que ela faz parte de um ciclo, que este ciclo tem finalidade, não é sem propósito, e que ao final deste, na grande maioria das vezes ainda, há um final feliz! Ou seja: Perdemos algo, ficamos de luto de diversas formas, aprendemos sobre nós e sobre o mundo, nos reorganizamos e ficamos melhores!

Afirmo que este é um ciclo, pois tem a ver com as mudanças eternas. A evolução humana é baseada em desafios e adaptações. Algo me diz que tudo foi montado no universo para não nos acomodarmos em certa condição confortável e assim irmos sempre além. Somos no entanto preparados para isto. Somos seres altamente adaptáveis e procuramos estabilidade. Quando algo muda, e sempre mudará, somos preparados para enfrentar os obstáculos e encontrarmos a estabilidade que nos garanta felicidade e bem estar, até que nova mudança chegue e exija que aprendamos algo novo.

OK, eu sei, é uma boa notícia, mas não é propriamente confortável passar por este ciclo. Aqui vão então algumas dicas para o entendimento deste ciclo e adaptação a ele com o intuito de se conseguir o melhor desta situação o mais rápido possível.


- Se você quer felicidade e tranqüilidade não combata a guerra, concentre-se na paz. Se você mantiver o foco na dor da perda ou nas responsabilidades dos outros você ficará preso neste ciclo de aprendizado da mágoa. Solte, libere! Quando largamos uma coisa esta coisa nos larga.

- O luto da perda que nos causou a mágoa é importante, tem de ser vivido para nos dar entendimentos e nos levar a outro lugar melhor, porém ele tem de ser como a dosagem de um remédio. Não pode ser muito elevada senão morremos por causa do remédio. Não pode ser irrelevante senão não faz efeito. Dose a dor da perda com o prazer do encontro. Olhe para atrás para entender o passado, mas não deixe de levantar a cabeça na procura de onde se quer chegar agora.

- Procure um interlocutor que lhe auxilie com bons referenciais que possam contribuir no seu auto-conhecimento. Pode ser um profissional que você admira, um terapeuta, um amigo verdadeiramente sincero, um líder espiritual... Enfim, procure alguém de sua confiança e fale, organize suas idéias, ouça, cresça no contato com quem tem experiências para trocar com você. É inspiradora a troca com que admiramos.

- Na medida que você for se estruturando e se conhecendo melhor, tenha um plano de ação baseado em metas claras. Busque identificar o que fazer, quando fazer, como, com quem, com que recursos e faça. Isto lhe dará poder!

- Lembre-se, a sua vida é de sua responsabilidade. Tire o foco dos outros, da sorte, dos problemas. Você está onde você se coloca. Seja criador e não criatura!

Para finalizar quero deixar uma reflexão e estímulo poético, onde fica a questão: A mágoa é vilã ou mestra?

De tudo ficaram três coisas: A certeza de que estamos sempre começando ... A certeza de que precisamos continuar ... A certeza de que seremos interrompidos antes de continuar ... Portanto devemos: Fazer da interrupção um caminho novo ... Da queda um passo de dança ...Do medo, uma escada ... Do sonho uma ponte ... Da procura um encontro ... (Fernando Pessoa)

José Rubens Guerini Júnior


Perdoar É Esquecer?


Perdoar É Esquecer?

Perdoar é esquecer? Não. Perdoar independe de esquecer. Uma coisa nada tem a ver com a outra, são coisas distintas – até porque não somos alienados. Temos no cérebro uma memória que registra todos os fatos, por isto quem perdoa não tem que, necessariamente, esquecer do agravo sofrido. O que é preciso, na verdade, é esquecer no sentido de diluir a mágoa, a raiva ou o ressentimento que o fato gerou, caso contrário o perdão é superficial ou até mesmo ilusório.

Esse tipo de esquecimento é extremamente benéfico para quem sofreu algum tipo de agressão, porque a energia gerada, a cada instante em que se revive o fato infeliz, aumenta a ferida que se formou e numa verdadeira roda viva acumula novo e desnecessário sofrimento. Tanto isto é uma verdade que a própria ciência da psicologia diz a todo instante, atestando que o esquecimento da mágoa por si só vale como uma excelente psicoterapia, pois que...

O apego à ofensa propicia ao ofendido a oportunidade de carregar sozinho a chaga em que ela se constitui.

A diferença está naquele que realmente perdoa e consegue liberta-se daquela parte pesada da lembrança a ponto de não mais sofrer ao relembrá-la. Daí, como diz Divaldo Pereira Franco: “Perdoar é bom para quem perdoa.”, ou seja, quem perdoa livra-se do fardo triste que carregava e quem foi perdoado nem sempre alcança a mesma graça de vez que assumiu um ônus pelo qual responderá, ainda que perdoado.

Alguém diria: “mas então prevalece a Lei de Talião*?” E responderíamos: Absolutamente que não! Prevaleceria e prevalecerá sempre a misericórdia divina, a Lei de Causa e Efeito, segundo, a qual Deus nos propicia o ensejo de resgatar nossos erros, ou dívidas, como querem alguns, valendo lembrar que esse pagamento não acontece necessariamente pela dor, especialmente quando o ofensor se arrepende do ato que praticou, podendo assim anular seu débito pela força do amor e doação que dispensar a outrem.Vemos isto no Evangelho de João, quando ele afirma que: “O amor cobre uma multidão de pecados”.

Quanto a Lei de Talião, embora absurda e abominável a nossos olhos, era uma necessidade daquela época em que o homem era bárbaro, época em que o homem tinha muito pouca consciência do que era Amor e Respeito, e que só era contido pelo medo dos castigos, tão ou mais horríveis que o ato praticado.

Foi essa uma das grandes razões da vinda de Jesus ao nosso Planeta. Uma das partes mais lindas de sua missão foi justamente mudar a concepção de um Deus tão bárbaro quanto o homem, ensinando sobre um Deus justo... Mas infinitamente bom. Severo... mas infinitamente misericordioso. Um Deus que a tudo perdoa, mas que deixa ao sabor do livre arbítrio de cada um a responsabilidade de suas atitudes e o aprendizado que elas possam trazer.

Ainda enfocando as benesses de que é alvo aquele que perdoa, lembramo-nos que Emmanuel, Espírito de grande sabedoria, numa psicografia do nosso bom e inolvidável Chico Xavier, nos esclarece em “O Consolador”, questão 337:

“Concilia-te depressa com o teu adversário” – essa é a palavra do Evangelho, mas se o adversário não estiver de acordo com o bom desejo de fraternidade, como efetuar semelhante conciliação?

- Cumpra cada qual o seu dever evangélico, buscando o adversário para a reconciliação precisa, olvidando a ofensa recebida. Perseverando a atitude rancorosa daquele, seja a questão esquecida pela fraternidade sincera, porque o propósito de represália, em si mesmo, já constitui uma chaga viva para quantos o conservam no coração. ”

Vemos aí, embutida nas palavras de Emmanuel mais um alerta a considerar; aquele que busca sinceramente o perdão já está fazendo dignamente a sua parte, ainda que o ofendido se recuse. Quando aquele que concede o perdão não deve se ater ferrenhamente ao que vai ser feito do perdão que concedeu, pois já fez a sua parte, também aí, o que se seguir é problema do perdoado.

Sabemos que mesmo com todo estes conhecimentos muitas vezes perdoar é um aprendizado difícil, que, não raro, requer um esforço muito grande. Mas por isto mesmo é divino, é o caminho da porta estreita que vale a pena enfrentar, pois se o próprio Cristo nos disse que devemos perdoar “setenta vezes sete” é porque em sua divina sabedoria sabia que não só o ofensor, mas também o ofendido possui fragilidade de caráter e igualmente ser perdoado setenta vezes sete.


Para concluir lembramo-nos de que... esquecendo ou não, se o perdão é algo muito importante para o perdoado, é ainda muito mais para aquele que tem a felicidade de conseguir perdoar, porque... Quem perdoa já cresceu no amor... Quem humilde e sinceramente pede perdão... Caminha para o mesmo crescimento.


Doracy Mércia De A. Mota


Sobre o Perdão


Sobre o Perdão

Na realidade, o que vem a ser “Perdão”? Deve-se pedir perdão quando cometemos algum erro grave? E se o erro for pequeno? Como saber se um erro é grave ou não?

Convenhamos que são questões muito subjetivas, e que dependem de uma análise muito pessoal. Algo que nos fazem e que poderemos considerar como muito sério, deixará de sê-lo se o erro for nosso. Mera questão de julgamento.

Portanto, sempre será difícil para quem errou, ter a humildade de reconhecer a mancada cometida, pois sempre haverá algo para ao menos uma auto justificação. Se não for possível uma justificativa para os outros, pelo menos para si mesmo, e isso já serve como consolo...

E quando a coisa é conosco? Quando precisamos perdoar alguém que humildemente reconhece haver feito algo contra nós, e nos pede o tal do perdão... Muitas vezes, é-nos difícil conceder esse perdão. Principalmente se a falta foi grave, e deixou algum prejuízo grande, ou alguma mágoa muito forte. Realmente é preciso ter uma certa grandeza interior, para que o perdão seja concedido sem qualquer dúvida.

É preciso levar em conta que, ao perdoarmos alguém, não podemos deixar sequer resquícios de mágoa em nosso interior. Ou se perdoa, ou não. Não se pode semiperdoar. Principalmente se existe sinceridade nesse pedido.

Se conseguirmos esquecer o que houve, ótimo. Melhor para nós. E é isso o que precisa ser feito. Passar por cima do que aconteceu. Não vale a pena ficar remoendo o que já houve.

Muitas vezes as lembranças incomodam mais do que o ato em si.

A propósito, li algo muito interessante, que serve para quem não está conseguindo se livrar de mágoas, ou para todos aqueles que já conseguem perdoar, são alguns trechos do livro de renomado psicólogo Dr.Fred Luskin - da Universidade de Stanford - EE.UU - Diretor do Projeto para o " Perdão" desenvolvido naquela universidade. Esses trechos me foram enviados por uma pessoa amiga, e, por serem oportunos, os transcrevo. São alguns tópicos, referentes à pergunta, O QUE É O PERDÃO?

Perdão é a paz que você aprende a sentir, quando vc assumiu algo em termos muito pessoais... Quando você continuou a culpar a pessoa que o fez sofrer... Quando você criou uma história muito íntima e pessoal sobre a mágoa... Perdão é para você e não para o autor da afronta; Perdão é recuperar o seu poder... Perdão é assumir a responsabilidade por como você se sente... Perdão refere-se à sua cura e não à pessoa que o fez sofrer.

Enfim, lendo essa obra do Projeto Perdão, vamos compreender que o ressentimento pode ser mais grave do que a hostilidade como fator de risco para nossa saúde. Isso quer dizer que não devemos ficar presos a ressentimentos do passado e o perdão é um meio de reconhecer que não podemos muda-lo. O perdão nos proporciona uma paz presente. E esse é o grande presente que podemos ganhar, muito mais do que ofertar. Perdoando, não apenas "deslembramos" o que aconteceu, como limpamos nossa alma de ressentimentos que estávamos remoendo.

Sem dúvida alguma, é algo que precisa ser muito bem considerado. Não é mesmo fácil o ato de pedir perdão, pois implica num reconhecimento tácito de culpa. E sempre temos dificuldade para reconhecer que erramos. Muitas vezes pedimos perdão apenas para dar uma satisfação a outrem, ainda que intimamente não nos tenhamos perdoado, ou melhor, não tenhamos reconhecido que realmente erramos.

Primeiro, precisamos nos perdoar, para então, com sinceridade pedir que nos seja concedido.

Também não é fácil conceder o perdão, pois implica num reconhecimento de que o fato foi esquecido, e para ninguém é fácil esquecer totalmente algo que nos fez sofrer, seja um prejuízo financeiro, seja um abalo moral. Muitas vezes perdoamos, apenas para assumir uma postura magnânima. Mas em nosso íntimo continuamos magoados. E isso não é bom, pois a qualquer momento poderemos relembrar o fato.

Primeiro temos que convencer nosso interior que nossa mágoa foi superada, para então conceder um perdão sem remissão. Uma vez concedido, não se dever mais falar no assunto. Se foi esquecido, olvidado ficará. Perdoar, saber ser perdoado, são atos que sempre nos levam a UM LINDO DIA.

Marcial Salaverry


quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Ninguém Pode Fazer Você Se Sentir Inferior Sem O Seu Consentimento!


Ninguém
Pode Fazer Você Se Sentir
Inferior Sem O Seu Consentimento!

Muitas vezes pensamos que o mundo não nos trata do modo como somos merecedores e vivemos culpando ou criticando as pessoas. Ficamos ansiosos e deprimidos com freqüência; reprimimos os próprios sentimentos; sentimo-nos ofendidos quando contrariados. Culpamos nossos pais, irmãos, a sociedade, o governo, os amigos, os parentes e os associados por nossas falhas e desilusões. Tudo isso é sinal de uma baixa auto-estima.

No entanto, a verdade é que o modo pelo qual o mundo nos trata é um reflexo de como nos tratamos a nós mesmos. No momento em que você passar a gostar de você, o mundo reagirá e lhe compensará pela sua existência. Uma auto-estima saudável é a pedra fundamental do sucesso e a satisfação de viver. Infelizmente, devido à programação negativa recebida durante a infância, a maioria das pessoas tem sua auto-estima prejudicada.

Muitas vezes, uma auto-estima equilibrada é o que lhe encoraja e deixa mais atento às oportunidades; além disso, faz com que veja os problemas como forma de aprendizado, dando-lhe mais condições para lidar com as dificuldades da vida. É essencial lembrarmo-nos de que sempre é possível alterar ou transformar nosso “estilo de vida”. Para tanto, não duvidemos de nossas aptidões e vocações naturais, nem questionemos sistematicamente nossas forças interiores. Para obtermos autoconfiança, somente é preciso reivindicarmos, valorosamente, o que já existe em nós por direito divino.

Considero que, para a maioria dos casos, trabalhar a auto-estima não seja algo tão complicado quanto possa parecer. Entretanto, a maioria das pessoas ignora pequenos passos que podem ser dados para a construção ou para o resgate dessa auto-estima.

Saia desse poço sem fim... Preso em seus conceitos, em seus medos, cada vez mais fundo. Ouse deixar seu medo de lado, tente ser você mesmo, determine uma mudança, tenha firmeza no seu olhar, nas suas atitudes, tenha respeito por você mesmo. Somente optando pelo auto-respeito é que conseguiremos o respeito alheio. Encontraremos nos outros a mesma dignidade que damos a nós mesmos.

Enquanto uma atitude não tomar, enquanto com a cabeça do outro você pensar, tudo vai ficar sempre confuso em sua mente. Tudo fica sem rumo. Experimente uma reação, experimente uma ação, solte seu passado, solte as pessoas, solte os pensamentos negativos, quebre a resistência. Para que se torturar tanto? Para que continuar se machucando?

Procure as causas profundas das coisas que lhe ferem e das que lhe dão prazer. Normalmente paramos no nível das sensações: "Isso me dá prazer e ponto. Isso me machuca e ponto." O mais importante é sabermos porque causa prazer e porque fere. O prazer não é sempre bom nem o ferimento sempre ruim. Depende para onde eles nos conduzem. Algo que nos machuca profundamente pode ser a chave de compartimentos desconhecidos, mas vitais na nossa morada psicológica/espiritual. Quando compreendemos as causas de nossas dores emocionais, freqüentemente elas desaparecem. São como os sonhos repetitivos que só deixam de acontecer depois que os interpretamos corretamente.

Cultive a busca da sabedoria através da leitura de autores relevantes de diversas áreas do conhecimento. Desenvolva uma forma plural de olhar a vida, busque novas dimensões, novas abordagens. Procure conhecer pessoas com qualidades morais e intelectuais e aproveite sua saudável companhia. Faça o mesmo com pessoas mais simples e menos experientes que você e, perceba, ainda assim, o quanto elas têm a lhe ensinar.

Deixo aqui algumas dicas que podem ajudar a melhorar a sua auto-estima:

l. Pense e seja feliz. Se plantarmos pensamentos como “sou feliz," surgirá a felicidade. Por isso, quem deseja ser realmente feliz, mesmo que a sua situação atual ainda não seja muito boa, mesmo assim, deve pensar e falar várias vezes, todos os dias: "Já sou muito feliz"; assim, com certeza, vai conquistar uma vida verdadeiramente feliz e saudável.

2. Serenidade mental. A felicidade vem da paz espiritual. Se expressarmos satisfação e gratidão pelas coisas que temos recebido até agora, isso vai nos trazer bem-estar espiritual. O importante é descobrir a felicidade na nossa vida cotidiana, seja ela como for.

3. Alegrar-se pela felicidade do próximo. Mesmo ainda não possuindo os bens materiais desejados, demonstrar alegria diante dos bens e do conforto material do outro, apreciando sem demonstrar nenhum tipo de constrangimento e inveja.

4. Praticar atos de bondade. Todos os dias praticar pelo menos um ato de bondade, seja na forma de uma palavra de conforto moral ou espiritual, que possa refletir sua solidariedade para aliviar a dor dos que sofrem.

5. Perdoar sempre. Na medida em que você conseguir perdoar, eliminará o ódio e o rancor existentes em você; assim, ficará mais leve e terá paz interior para avançar rumo ao sucesso.

6. Evitar falar mal dos outros. Quem deseja ser feliz e ter uma boa saúde, deve enaltecer as qualidades das pessoas e minimizar os seus prováveis defeitos, criando uma atmosfera favorável para si e o grupo a que pertence.

7. Valorizar os bons pensamentos. Uma pessoa espiritualizada sempre está atenta a ter pensamentos e atitudes saudáveis. Isso faz com que naturalmente possa atrair acontecimentos bons.

8. Antes de dormir, avalie o seu dia e evite ficar remoendo o passado, principalmente, coisas desagradáveis que já não têm mais jeito. Procure viver intensamente o momento presente e aproveite para construir uma felicidade duradoura com base sólida.

9. Supere seus obstáculos. Procure cultivar sua autoconfiança e conhecer melhor a si mesmo. Agindo com determinação e sabedoria, você conseguirá criar um clima favorável para realização das suas mais legítimas aspirações.

10. Viva em paz com as pessoas. Fale bem das pessoas da sua família e da sua comunidade. Tente resistir e não rotular ninguém. Reexamine seus conceitos e não haja com discriminação. Assim, será criado um ambiente apropriado para ser feliz e progredir sempre.

Ame a si próprio, sinta-se responsável apenas pelo que depende de você. Construa seu sonho em terra firme, com base sólida. Viva o dia de hoje, sempre um de cada vez. Aprenda sempre consigo e não só com os outros. Enxergue suas qualidades e não só os defeitos. Dependa dos seus pés para andar e dependa das suas idéias para prosseguir.

“Perceba que você é tão poderoso e forte quanto você se permite ser e que a parte mais difícil de qualquer empreendimento é dar o primeiro passo, tomar a primeira decisão.” A vida é feita de decisões, só depende de você escolher as melhores. Com a ajuda certa para se conhecer melhor fica mais fácil. Nunca desista. Há uma força especial dentro de você! Por tudo isso, ame-se, estime-se, olhe-se no espelho, sorria para você mesmo, dê um bom dia a você, abrace a si mesmo, porque para amar os outros é necessário amar a si mesmo primeiro. E não esqueça de mentalizar, todos os dias, bons pensamentos para você, olhar a natureza, sorrir, dar risadas, espalhar beijos e abraços, dizer eu te amo, enfim, espalhar mensagens de alegria e otimismo pela vida à sua volta. Pense nisso! Que sua luz possa brilhar ainda mais!

Wanda Ribeiro é Psicóloga


Dicas Para Uma Vida Mais Feliz!


Dicas Para Uma Vida Mais Feliz!

1- Curta mais a sua companhia. Aprenda a viver feliz mesmo sozinho. Convide um amigo para ir ao cinema, mas, se não encontrar alguém disponível, vá com a pessoa mais fascinante do mundo: VOCÊ MESMO.

2- Tenha alto astral. As pessoas competentes são aquelas que conseguem manter uma postura positiva mesmo nos momentos mais difíceis.

3- Viva com paixão. Procure estar perto de pessoas com alegria de viver e manter-se afastado de indivíduos baixo astral, aqueles que secam até arruda e pimenteira.

4- Malhe com prazer e cuide bem do seu corpo. Alimentação, sono e exercícios são fundamentais para uma vida saudável. Gostar de si mesmo significa gostar dos outros e deixar as portas abertas para que gostem da gente também.

5- Invista em você todos os dias. Nós somos arquitetos da nossa personalidade. Quando a pessoa nasce, Deus lhe dá um potencial infinito que poucas aproveitam.

6- Celebre as vitórias. Compartilhe seu sucesso com pessoas queridas. Mesmo as pequenas conquistas devem ser celebradas com alegria. Grite, chore, encha-se de energia para os próximos desafios.

7- Tenha uma vida espiritual. Conversar com Deus é o máximo, especialmente, para agradecer as dádivas recebidas. Mantenha o hábito de rezar antes de dormir, é bom para o sono e melhor ainda para a alma. A oração e a meditação são forças de inspiração.

8- Crie tempo para as pessoas importantes da vida. Filhos, esposas, maridos, pais e irmãos são as pessoas que vão estar com você nos melhores e piores momentos da sua vida.

9- Tenha amigos vencedores. Campeões falam de e com campeões. Perdedores só tocam na tecla perdedores. O “diz-me com quem andas”, continua válido, mais do que nunca.

10- Diga adeus para quem não lhe merece. Alimentar relacionamentos que só trazem sofrimento é uma forma cruel de masoquismo. Não deixe que relacionamentos inconsistentes atrapalhem sua vida. Deixe o espaço livre para um novo amor.

Roberto Shinyashiki


terça-feira, 11 de agosto de 2009

Nem Tudo É Amor


Nem Tudo É Amor

Muitas coisas se fazem em nome do amor. Sofremos, consolamos, poupamos o outro, fazemos suas escolhas. Mas devemos estar sempre em contato com nossos sentimentos e motivações mais verdadeiros, para não "batizar" de amor sentimentos tão díspares quanto dependência, intolerância e até mesmo o medo de amar.

O amor que tanto inspira os poetas, que tantas definições em verso e prosa já recebeu, que arranca tantos suspiros daqueles que sentem sua presença, também aparece, equivocadamente usado em lugares que nem sempre lhe cabem. Sofrer em nome do amor, protege demasiadamente, abdicar de desejos, submeter-se exclusivamente aos desejos do outro, ou ainda, exercer imposições em nome do amor, podem ser alguns dos exemplos do uso indevido do sentimento de amor.

Vamos considerar mais atentamente os exemplos citados nas linhas anteriores. É inegável que, quando presenciamos a doença de um ente querido, ou quando um evento indesejável ocorre com pessoas que nos são caras, podemos nos abalar, sofrendo a dor que tais acontecimentos despertam. Mas, isso não significa que estejamos condenados a sofrer porque amamos. Sofremos quando não nos encontramos aparelhados para lidar com as contingências que a vida nos impõe. Porém, superar um episódio temporário difícil, ou adaptar-se à novos arranjos para conviver com aquilo que era imprevisível não são sinônimos de eternizar o sofrimento.

Proteger demasiadamente como forma de demonstração de amor pode evidenciar, por exemplo, falta de confiança nos recursos de que dispõe a pessoa que é alvo dessa proteção. Guardadas as proporções das circunstâncias que nos inspiram a delinear cuidados especiais para com aqueles que amamos, modular a dedicação e manter proteção num nível que represente a manuntenção de um relacionamento saudável, é imprescindível para o crescimento de todos os envolvidos.

Abdicar de desejos pessoais para provar o amor que sente, pode, entre outros, representar um meio potencial para se obter o status quo de vítima numa relação. Sem contar que também pode servir para conferir um "direito" a acusações futuras sobre a falta de reconhecimento por tudo que se deixou de fazer por causa do bem estar do outro. É necessário considerar que ao nos relacionarmos, independentemente do grau de compromisso que estabelecemos, não podemos manter todas as prioridades num mesmo plano. Caso contrário, seria um tanto quanto difícil de "dar conta" dessa árdua tarefa!

Como comtemporizar desejos e possibilidades, principalmente quando nos referimos a uma parceria amorosa? Neste aspecto, as concessões individuais apontam para um meio apaziguador para tal questão. Os acordos que se estabelecem numa relação e a disponibilidade em revisar tais acordos sempre que necessário, proporcionam uma relação simétrica, permitindo que a individualidade e a intimidade se combinem e se expressem sem dramaticidade.

Submeter-se exclusivamente aos desejos do outro pode evidenciar precária autonomia, advinda de fatores tais como: insegurança, medo da rejeição, sentimento de menos valia, entre outros. Sob esse perfil, a dependência emocional torna-se a grande responsável pela ligação que se estabelece no casal.

A razão pela qual a pessoa que se submete reiteradamente às vontades do outro sente grande dificuldade em conceber seus próprios desejos e em buscar meios para alcançá-la na vida prática, pode residir nos mais variados fatores.

A falta de oportunidade de se lançar em novas experiências geralmente é sentida por pessoas que sempre contaram com figuras parentais que se anteciparam em atender as suas necessidades, podando-lhes as tentativas de iniciativa própria e tal histórico pode figurar como um desses fatores.

A menos que aspirações a desafios ou de crescimento pessoal gerem transformações nesse arranjo que se estabeleceu, todos se acomodam em suas funções, mantendo o equilíbrio possível para a convivência. A busca de preservação desta dinâmica, que requer a perpetuação desse modus vivendi, passa a se refletir em todas as outras futuras relações, inclusive, obviamente, a relação amorosa. A satisfação, neste caso, pode decorrer dos ganhos secundários experimentados (não correr riscos, não se expor, não errar, entre outros) por contar com alguém "supostamente" mais forte e capaz de o proteger.

Por outro lado, exercer imposições sobre aquele de quem se admite gostar pode revelar ausência de sensibilidade para perceber o outro na relação. Pode representar um par potencialmente complementar àquele que necessita de alguém "supostamente" mais forte para não sucumbir, e por isso aceita, incondicionalmente o que lhe é imposto, como o demonstrado no exemplo anterior. Cabe observar que, no caso de imposições irrefutáveis, o caminho que se apresenta é de mão única. Sob este prisma, torna-se uma missão quase que impossível delinear saídas mais criativas para o relacionamento a dois.

A menos que o "impositor" apresente uma dose de flexibilidade suficiente para rever a sua conduta e se disponha a se colocar no lugar da outra pessoa a fim de atingirem um consenso na relação, o que se constata é o exercício ininterrupto do slogan "ame-me ou deixe-me".

Traçadas as considerações sobre algumas formas que são utilizadas para demonstrar ou justificar o amor, cabe dizer que esses são apenas alguns exemplos, e que, muitas vezes, encontramos as combinações de alguns deles (ou ainda de outros que aqui não foram citados) numa mesma pessoa.

Também podemos encontrar a alternância que consagra ora um, ora outro, combinando os papéis de bonzinho e de vítima, e mantendo um ritmo que faz com que o casal dance sempre a mesma melodia.

Outro aspecto relevante a ser considerado é que todo relacionamento envolve duas pessoas e que responsabilizar apenas uma delas pelo emprego indevido do sentimento de amor é uma posição muito cômoda.

É importante frisar: a configuração do relacionamento que estabelece na parceria é mantida por duas pessoas. O motivo pelo qual a relação se mantem reside em questões emocionais individuais, que se encontram ligadas num mesmo interruptor. Ou seja, uma vez acionado o interruptor, cada um apresenta a característa que potencializa a reação emocional específica do outro.

A menos que outras alternativas de demonstração de sentimento sejam adotadas e, consequentemente, aprovadas em razão das reações que ambos puderem experimentar, a relação tende a seguir numa empobrecedora previsibilidade sobre as manifestações pseudoamorosas de cada um.

Não obstante as expressões de afeto passem pelas mais variadas combinações e graus de manifestações, é a forma única e intensa de uma modalidade escolhida na relação que torna a necessidade de reformulação imprescindível. O sacrifício não pode ser justificado pelo sentimento do amor. O que se atinge com esse tipo de esforço é a condição de compreensão mútua ou de uma relação amistosa. Daí à expressão de amor, concorda com Lázarus quando diz que "o amor surge a partir do descobrimento de qualidades dignas de serem amadas e de uma harmonia compartilhada que dá satisfação e proporciona o mútuo enriquecimento".


Sob este ângulo, o respeito, o cuidado necessário, as concessões que escolhem fazer, as cobranças que aparam as arestas e os gestos que mantêm as qualidades que um aprecia no outro compõm a tônica de um relacionamento, de fato e de direito, amoroso.

Margareth de Mello F. dos Reis - Psicóloga Clínica e Terapeuta


A Dor De Não Estar Vivendo


A Dor De Não Estar Vivendo

Freud, o Pai da psicanálise, disse: Quando a dor de não estar vivendo for maior que o medo da mudança, a pessoa muda.

O medo de errar, de não dar certo, do desconhecido, realmente assusta. Então, não mudar é mais fácil e cômodo.

Em verdade, medo é ignorância. Quem é ignorante tem medo porque ignora a Vida. Por outro lado, se você pensar assim: vou dar o meu melhor, vou abrir a porta e ver o que me espera, irá sair do imobilismo. No entanto, os acomodados e medrosos preferem ficar na rotina, não se arriscar porque se mudar alguma coisa em suas vidas, já ficam inseguros. Há pessoas que não ousam sequer experimentar, saborear uma comida nova. O novo assusta, gera desconfianças. Em muitos casos, a falta de iniciativa, curiosidade são sintomas máster de insegurança. São pessoas frustradas, reprimidas por um processo educacional, autoritário e opressor e por parte dos pais. Nada podia, tudo era proibido, censurado. Há pessoas que foram tão reprimidas em sua infância que acabam perdendo o tesão pela vida, o entusiasmo de querer viver. Não obstante, as pessoas que querem realmente mudar, não procuram soluções lá fora, culpando os outros pela sua infelicidade ou buscando justificativas pelos seus fracassos.

A grande maioria diz que não consegue, que é difícil, se diz desmotivada, insatisfeita.

Busca soluções fora de si. Fica perdendo tempo em querer mudar por fora e não por dentro, nas suas crenças e atitudes internas. Muitos buscam muletas para se apoiar, ser dependente. É de criança que se ensina a não estimular o passivismo e o vitimismo. É não fazer pela criança, mas deixá-la fazer por si. É delegar responsabilidades de acordo com a idade da criança. Quando cair, se a queda não for grave, deixe-a se levantar sozinha. Se pagá-la constantemente no colo, vai estimulá-la a ter medo de cair e não vai ter sempre a presença dos pais ao seu lado. Esse sentimento de incapacidade, de que não consegue, muitas vezes você escutou de seus pais quando criança.

É na infância que se faz um adulto forte. Um adulto firme, solto, tem também uma criança solta dentro de si. Uma criança que quer continuar sendo um bebê, vai ser um adolescente e um adulto problemático.

É na infância que se deve começar a mostrar à criança que jamais podemos fazer, viver por ela.

Pessoas queixosas, que se lamentam constantemente, agem dessa forma por que estão tão acostumadas a ter pessoas para ouvi-las, para dar atenção e colo. É um hábito de pensamentos e atitudes.

Aprenda a mudar esses hábitos, parando de reclamar tanto da vida. Seja forte, evite entrar no negativismo, controle a si mesmo. Quando você começar a se controlar, vai dar um grande passo e sua vida vai começar a andar. Os problemas aparecem em nossas vidas para serem resolvidos e não para serem empurrados para frente.

Não fuja deles, enfrente-os. Ao sentar numa sala de aula em vários lugares, você vai aprender melhor porque vai ver sob outros ângulos os ensinamentos. Assim também devemos fazer em relação aos problemas da vida. Veja-os sob vários aspectos para poder melhor resolvê-los.

Osvaldo Shimoda é terapeuta

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Síndrome De Vítima: A Incapacidade De Aceitar O Mundo Como Ele É


Síndrome De Vítima:
A Incapacidade De Aceitar O Mundo Como Ele É

Todo comportamento humano decorre da concepção que nós temos da realidade e nessa realidade existem dois pólos bem distintos: Aquilo que nós somos e aquilo que nos cerca. Nossa postura nesta vida depende do modo como estabelecemos esta relação. A relação entre nós e os outros, os membros da família, os membros da sociedade, entre nós e as coisas, entre nós e o trabalho e entre nós e a realidade externa. A nossa maneira de sentir e de viver depende de como cada um de nós interioriza a relação entre estas duas partes da realidade. E uma das formas que aprendemos de nos relacionarmos com os outros é a postura que designamos por vítima.


O que é a vítima?

A vítima é a pessoa que se sente inferior à realidade, é a pessoa que se sente esmagada pelo mundo externo, é a pessoa que se sente desgraçada face aos acontecimentos, é aquela que se acostuma a ver a realidade apenas em seus aspectos negativos. Ela sempre sabe o que não deve, o que não pode o que não dá certo. Ela consegue apenas ver a sombra da realidade, paralelo a uma incrível capacidade de diagnosticar os problemas existentes. Há nela uma incapacidade de procurar o caminho das soluções, e neste sentido, ela transfere os seus problemas para os outros; transfere para as circunstâncias, para o mundo exterior, a responsabilidade do que lhe está a acontecer. Esta é a postura da justificativa. Justificar-se é o sinal de que não estamos a querer mudar.

Para não assumirmos o erro, justificamo-nos, ou seja, transformamos o que está errado em injusto, e de justificativa em justificativa, paralisamo-nos, impedimo-nos de crescer.

A vítima é incompetente na sua relação com o mundo externo. Enquanto colocarmos a responsabilidade total dos nossos problemas em outras pessoas e circunstâncias, tiraremos de nós mesmos a possibilidade de crescimento. Em vez disso, vamos procurar mudar as pessoas.

Esse tipo de postura provém do sentimento de solidão. É quando não percebemos que somos responsáveis pela nossa própria vida. Por seus altos e baixos, seu bem e seu mal, suas alegrias e suas tristezas; é quando nossa felicidade se torna dependente da maneira como os outros agem. E como as pessoas não agem de acordo com nossos padrões, sentimo-nos infelizes e sofredores. Realmente, a melhor maneira de sermos infelizes é acreditarmos que é a outra pessoa que compete nos dar felicidade e, assim, mascaramos a nossa própria vida frente aos nossos problemas.

A postura da vítima é a máscara que usamos para não assumirmos a realidade difícil, quando ela se apresenta. É a falta de vontade de crescer, de mudar, escondida sob a capa da aparição externa. Essa é uma das maiores ilusões da nossa vida: desejarmos transferir para a realidade que não nos pertence, sobre a qual não possuímos nenhum controle, a deficiência da parte que nos cabe.

Toda relação humana é bilateral: nós e a sociedade, nós e a família, nós e o que nos cerca. O maior mal que fazemos a nós próprios é usarmos a limitação de outras pessoas do nosso relacionamento para não aceitarmos a nossa própria parte negativa.

Assim usamos o sistema como bode expiatório para nossa acomodação no sofrimento. A vítima é a pessoa que transformou sua vida numa grande reclamação. Seu modo de agir e estar no mundo são sempre uma forma queixosa, opção que é mais cômoda do que fazer algo para resolver os problemas.

A vítima usa o próprio sentimento para controlar o sentimento alheio; ela se coloca como fraca e dominada, para dominar o sentimento de outras pessoas. O que mais caracteriza a vítima é a sua falta de vontade de crescer. Sofrendo de uma doença chamada de perfeccionismo, que é a não-aceitação dos erros humanos, a intolerância com a imperfeição humana, a vítima desiste do próprio crescimento. Ela se tortura com a ideia perfeccionista, com a imagem que deveria ser, e tortura também os outros relativamente naquilo que as pessoas deveriam ser. Há na vítima uma tentativa de enquadrar o mundo num modelo ideal que ela mesma criou, e sempre que temos um modelo ideal na cabeça é para evitarmos entrar em contacto com a realidade. A vítima não se relaciona com as pessoas aceitando-as como elas são, mas da maneira que ela gostaria que fossem. É comum querermos que os outros sejam aquilo que não estamos conseguindo ser, desejar que o filho, a mulher e o amigo sejam o que nós não somos.

Colocar-se como vítima é uma forma de se negar na relação humana. Por esta postura, não estamos presentes, não valemos nada, somos meros objetos da situação. Querendo ser o todo, colocamo-nos na situação de não sermos nada. Todavia as dificuldades e limitações do mundo externo são apenas um desafio ao nosso desenvolvimento, se assumirmos o nosso espaço e estivermos presentes.

Assim, quanto pior for o doente, tanto mais competente deve ser o médico, quanto pior for um aluno, melhor deve ser o professor. Assim também quanto pior for o sistema ou a sociedade que nos cerca, mais competentes devemos ser com pessoas que fazem parte desta sociedade; quanto pior for nosso filho, melhores pais devemos ser etc. ... Desta forma, colocamo-nos em posição de buscar o crescimento e tomamos a deficiência alheia como incentivo para nossas mudanças existenciais.

Só podemos crescer naquilo que nós somos, naquilo que nos pertence. A nossa fantasia está em querer mudar o mundo inteiro para sermos felizes. Todos nós temos responsabilidades naquilo que está ocorrendo. Não raras vezes, atribuímos à sociedade atual, ao mundo, a causa das nossas atribulações e problemas. Talvez seja esta a mais comum das posturas da vítima, generalizar para não resolver.


Os problemas de nossa vida só podem ser resolvidos em concreto, em particular. Dizer por exemplo, que somos pressionados pela sociedade a levar uma vida que não nos satisfaz, é colocar o problema de maneira insolúvel.

Colocar-se como vítima é economizar coragem para assumir a limitação humana, é não querer entender que a morte antecede a vida, que a semente morre antes de nascer, que a noite antecede o dia. A vítima transforma dificuldades em conflito, a sua vida num beco sem saída. Ser vítima é querer fugir da realidade, da imperfeição, dos limites humanos.

A vítima é uma pessoa orgulhosa que veste a capa da humildade. O orgulho dela vem de acreditar que ela é perfeita e que os outros não prestam.

A vítima é uma pessoa que sofre e que gosta de fazer os outros sofrerem com o sofrimento dela, é a pessoa que usa as dificuldades físicas, afetivas, financeiras, conjugais, profissionais, não para crescer, mas para permanecer nelas, e a partir disso, fazer chantagem emocional com outras pessoas.

A vítima é uma pessoa que ainda não se perdoou por não ser perfeita, e transforma o sofrimento num modo de ser e se relacionar com o mundo. É como se olhasse para a LUZ e dissesse: Que pena que tenha a sombra..., é como se olhasse para a vida e dissesse: Que pena que tem a morte... e se nega a admitir que a luz e a sombra são faces da mesma moeda, que a vida é feita de vales e montanhas.

Não são as circunstâncias que nos oprimem, mas, sim a maneira como nos posicionamos diante delas, porque nas mesmas circunstâncias que uns procuram o caminho do crescimento, outros procuram o caminho da loucura e da alienação. As circunstâncias são as mesmas, o que muda é a disposição para o alvorecer e para desabrochar, ou murchar e fenecer.

(Desconheço o Autor
)

Ame-Se Acima De Tudo


Ame-Se Acima De Tudo

Todos os seres humanos, buscam o amor. Crêem que este amor tem que vir de outra pessoa. Sonham, idealizam, que este amor virá um dia e o/a salvará de sua solidão.A nossa sociedade acostumou-se a procurar o amor fora. No outro. O outro tem que vir, e me amar. Espero a vida toda ser nutrido pelo outro. " Ah, com o outro eu serei feliz! Procuramos uma pessoa que dê significado em nossas vidas e nos autorize o amor. O não ter esta pessoa, nos faz sofrer. Ficamos irritados, pequenos, sem valor, até chegamos a nos desprezar.

Sei de muitas pessoas que choram de solidão, como se pedissem colo à outra pessoa, ou do tipo pelo amor de Deus, me ame. Nossa cultura, de dependência, nos fez acreditar que a outra pessoa seria a nossa salvação. Interessante, é que quando temos esta pessoa, logo depois, ela já não nos serve, pois não nos nutre, como gostaríamos de sermos nutridos.

Queremos que o outro faça por nós, aquilo que apenas nós deveríamos fazer. Trocamos de parceiros, ou melhor, entramos na parceria por causa de nossas carências, e saímos dela, pela mesma carência não resolvida. De certa forma, isto nos prova, que ninguém completa a ausência que temos no coração. Afirmamos que ninguém completa, pois é uma das certezas que tenho depois de muita experiência profissional e de minha vida pessoal. Está ausência ou carência, só eu posso completá-la. É de minha responsabilidade me amar. Só eu posso me curar de minha solidão. E curo a minha solidão, aprendendo a ficar comigo. Ser importante para mim, eleger-me o primeiro em minha vida. Estamos num padrão social, tão desajustado, que a sociedade nos cobra uma parceria afetiva. Sentimo-nos deslocados, quando não temos uma relação afetiva acontecendo. E esta comparação, entre eu que não tenho e o outro que tem, inevitavelmente nos leva à solidão.

A solidão é um vício comportamental, é um estado da mente, de quem não consegue ficar consigo, de quem não consegue se amar. Nunca ninguém está só no universo. Se entender a estrutura dos 4 elementos, e a diversidade de dimensões, certamente perceberei que nunca estou só. Só que me acostumei ao padrão da queixa, do colo, do coitadinho, e receber a atenção do outro, é primordial. Preciso da atenção do outro, preciso ser nutrido pelo outro, pois não aprendi a me amar. É comum, que neste estado de solidão, venhamos a desenvolver, inúmeras fantasias afetivas.

Nos apaixonamos por diversas possibilidades que o outro nos apresenta. Todas movidas pelas nossas carências. Descobrimos uma infinidade de almas gêmeas, e curtimos grande esperança, até que aquela alma gêmea não corresponda nossa expectativa, e aí então, descobrimos nova alma gêmea. Conheço pessoas, que descobrem uma alma gêmea por mês. Outras, que se encantam com certas características pessoais do outro, e tecem uma rede de emoções, desejos, sonhos e principalmente fantasias, transformando sua energia afetiva, num grande e imenso amor Platônico, sem nunca se dar conta se estão sendo retribuídas, nesta mesma freqüência de energia. Nós todos somos seres eletromagnéticos. Vibramos freqüências energéticas o tempo todo, e creio que quando duas pessoas se amam, entram portanto na mesma freqüência, que virá proporcionar, no encontro dos corpos, a maravilhosa sensação de um perfeito orgasmo. Se por acaso, este é o teu caso, de um amor Platônico, ou não correspondido, lhe dou uma dica. Olhe se a outra pessoa, está na mesma sintonia que você. Se não estiver, não perca seu tempo.

Use seu tempo, ficando disponível para o seu verdadeiro amor, aquele que corresponda às suas necessidades de troca. Não idealize, amor não é para ser idealizado, é para ser experenciado. Se o outro não está na tua freqüência, caia fora, este outro não te merece. Relação só é boa, quando ambos querem a mesma coisa. Quando estão na mesma sintonia. Se a sintonia só é sua, é carência, é fantasia de sua parte. Talvez é admiração de algo que o outro conquistou e você ainda não, ou o outro representa teu ideal como aspecto físico e comportamental. Mas o teu ideal, certamente pode não ser o ideal do outro. Portanto não sofra por amor. Apenas ame-se, apenas se dê uma chance de ser feliz, cuidando mais de você, e não ficando à mercê da atenção, e disponibilidade de ninguém.

Você é uma estrutura universal única. Ninguém é igual à você. Respeite-se, curta-se, permita-se, cuide-se, não é digno de sua parte, chorar ou lamentar pelo amor não correspondido, pois se olhar tua carência, e a ausência de amor por você, com toda certeza, mudará agora, este padrão, que só te faz sofrer, e que não resolverá tua questão afetiva. A solução de tua questão afetiva, está no teu coração. No amor por si. Ame-se e se curará da fantasia, de esperar amor do outro.

Ricardo Zych